A que especialista você recorre?
Um oftalmologista?
Você está com dor de dente.
A que especialista você recorre?
Um dermatologista?
Seu chuveiro queimou.
A que especialista você recorre?
Um padeiro?
Um padeiro?
Seu filho está de recuperação em matemática.
A que especialista você recorre?
Um professor de latim?
Um professor de latim?
Quando tratamos de redação científica ocorre o mesmo.
Um especialista é um especialista, porque entre outros motivos, dedica-se 100% a determinada atividade durante seu tempo de trabalho. Isso quer dizer que um "especialista" que se dedica apenas nas horas vagas não é um Especialista, é um interessado.
O texto científico tem particularidades e o fato de alguém ter publicado artigos ou alguns livros sobre redação científica não o faz um especialista em redação científica, pois o "especialista" é remunerado para ser especialista na área de atuação a que se dedica ou deveria na academia, ou seja, sobre a pesquisa científica que desenvolve.
Já dizia o ditado: Ne sutor ultra crepidam. "Não vá o sapateiro além das sandálias!”
Todos nós podemos escorregar aqui e acolá. No texto científico não é diferente. Um pesquisador pode ser o "papa" em determinada área de pesquisa científica, porém, isso não o impede de cometer desvios no que tange ao texto científico. Claro que são inadequações que podem ser evitadas com a interferência de uma equipe de profissionais especializados em textos científicos.
Qual é a sua especialidade?
Pois bem, quando você encontra um texto sobre a sua especialidade, redigido por alguém que não é de sua área de especialização, você facilmente encontrará equívocos, às vezes, ingênuos.
O que fazer?
Nada! Não há o que fazer! Apenas esperar que as pessoas que precisarem de um especialista recorram a ele.
Moral da história: canja de galinha, humildade, respeito à diversidade de ideias e ao conhecimentos dos demais não fazem mal a ninguém.
Moral da história: canja de galinha, humildade, respeito à diversidade de ideias e ao conhecimentos dos demais não fazem mal a ninguém.